domingo, 11 de julho de 2010

Na segunda tentativa foi pior ainda...PARTE -02- Leonardh




Depois da tentativa de me tornar um homem de fato, eu tornei sair a um barzinho “caçar”, alguém, digo alguém por não me atar a sexo definido.
Hááh mais eu estou ficando bom nessa coisa de chegar mais pra perto numa conversa. Sentado dessa vez numa mesa ouvindo música ao vivo, observando a todos, barzinho lotado, chegando cada vez mais clientes chegando ao ponto de muitos irem em busca de outro barzinho por não haver mais lugar disponível.
Dois rapazes e uma garota me olharam sorridentes se aproximando perguntando se eu estava esperando alguém, disse que não e se desejassem sentar comigo podia, de imediato aceitaram.
Conversamos sobre nossas vidas, eles boquiabertos por nunca terem conversado com um ex-padre, rimos bastante das sadias brincadeiras feitas. O rapaz mais velho de nome Paulo me paquerou o tempo todo e não deixei por menos. Deveria ter passado umas três horas quando resolvi sair dar umas voltas e iria pra casa.
Despedimo-nos e percebi ele estar acanhado e querer dizer alguma coisa, mas lhe faltava coragem talvez.
Embarquei e dava partida quando ele surgiu na janela do meu lado rindo:
— Poderia me dar carona Leonardh?
— Posso, vou dar umas voltas e depois pra casa, vai que direção?
— Sem destino, vamos as voltas e pago umas cervejas pra gente conversar pouco mais e depois nós jantaremos em minha casa, eu adorei sua companhia Leonardh?! —Olhou-me pegando na minha coxa-
— Que bom! — Ri sem jeito —
Passeando pela cidade sem rumo certo, fomos a sua casa, ele morava sozinho. Rindo com olhar quarenta e três, disponível:
— Você é tímido, gosto de pessoas tímidas, me ajuda fazer nosso jantar?!
— Ajudo claro que sim?!
Na cozinha eu descascava legumes enquanto ele cantarolando fazia o jantar que cheirava um aroma embriagador à distância. Eu descascava e observava-o em silêncio cozinhando. “Que belo corpo” — Pensei —
— Malho todos os dias e você Leonardh?
Que susto ouvindo pela aparente resposta do meu pensamento, mera coincidência:
— Malho no cabo da enxada. — Rimos — Não tenho tempo pra estes cuidados e acho que nem paciência teria em freqüentar academia!
— Mas você tem um corpo bem definido, faz o que no dia a dia pra manter seu corpo em forma?
— Levanto às 5 da manhã, um café super reforçado desses com revirado de feijão, ovos fritos com bacon e vou capinar até o almoço onde devoro um boi pela perna e caminho muito conferindo plantações, subo e desço da colheitadeira muitas vezes ao dia e assim me exercito o dia todo!
Virou-se se encostando a pia de louças rindo duvidando com polegar sobre os lábios:
— Fala sério Leonardh?
— Sim Paulo, é minha vida na fazenda?!
— Ok, eu vou aumentar o jantar depois dessa!
Gargalhei explicando ser maneira de falar, não que eu comesse em excesso pela expressão “comer um boi pela perna”. Veio sentar-se do meu lado ajudar descascar cenouras me fazendo rir envergonhado.
Pegou uma cenoura, chupando como num sexo oral me olhando sedutor falando em sussurros:
— Adoooro isso... E você?
— Que pergunta é essa, me deixa sem jeito Paulo?!
— Desculpa, me diga! Você pode não ser gay, mais já teve experiência com outro homem, não teve?
— Não exatamente, bem... Eu...
— Áááh eu nunca erro ou você jamais teria correspondido meus olhares no barzinho, fez o que?
— Sexo oral, nada além!
— Por que não?
— Não sei, sou muito tímido e depois pareço ainda estar atado na antiga batina além da timidez.
— Compreendo, mais somente você seguindo em frente vai saber se quer ou não?!
— Eu quero, não sei Paulo, eu...
— Ôôôh Deus obrigado, já me respondeu Leonardh, não necessita mais detalhes!
Jantamos a deliciosa comida e nem poderia ser diferente, ele cozinhava em um restaurante mais visado da cidade. Cozinha limpa, eu disse ir pra casa por estar tarde demais e ficava alguns quilômetros do centro da cidade minha casa, pediu pra vermos um filme já que era sexta-feira, fim de semana!
Fiquei pra ver com ele o filme, mas na fazenda não se tem fim de semana a não ser ao domingo um descanso mais prolongado.
Assistimos a um filme muito bom e enquanto fui buscar cerveja na geladeira a pedido dele, colocou um filme adulto com gays. Riu me olhando sentar tímido agora mais afastado dele, numa outra poltrona.
Se ele era bonito? Ôôôh se era, quase minha altura, corpo sarado conforme a gíria, um bonito bronzeado. Tirou sua camiseta regata pedindo que eu ficasse a vontade se sentisse calor, agradeci, mas não estava com calor pra ficar sem camisa.
Olhando-me rindo da minha timidez bateu na poltrona ao seu lado:
— Senta, prometo não te morder com tanta força?!
Sentei um tanto ressabiado, ambos tomando cerveja aquele filme tentador que como mágica meu cacete se colocou numa exibição total, ele olhou meu cacete ereto dentro da jeans, cobri discreto com as mãos e claro, envergonhado.
Tirou minhas mãos da frente agarrou-o forte numa pegada me arrancando um gemido alto e excitado:
— Nooossa!
Nada disse se ajoelhando correspondendo meus gemidos sabendo eu estar afim de transar, caindo de boca mamando meu membro que mal cabia na boca.
Intensificou o vai e vem do meu cacete dentro de sua boca aumentando sucção me levando ao delírio, me abaixei num turbilhão do tesão me tirando respiração normal e em um quase gozo entre altos gemidos de ambos.

Pediu-me que eu me entregasse a ele, percebendo eu não aceitar a idéia ele posicionou-se de quatro em minha frente e eu prestes a possuí-lo me entra em risos àquele casal que sentaram a mesa conosco.
Estáticos nos olhando boquiabertos e eu em pânico juntei minhas roupas tapando o principal e sai direção ao banheiro. Voltando mal me despedi de vergonha deles passando quase que correndo saindo para casa, ao longe olhei no retrovisor o avistava acenando e voltasse mais eu não conseguiria pela vergonha do casal...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Tentei perder a virgindade... Acabei fugindo! - Conto 01 - Leonardh




Parecia eu estar em luto por sete meses após a
saída de dentro da minha batina. Passado angústia e
tristeza pela decisão tomada eu decidi ir a um barzinho
no centro da cidade, pois eu moro numa fazenda do
interior. Sentei numa das banquetas que rodeavam o
balcão tomando cerveja. Olhei na parede espelhada a
minha frente e podia observar o movimento avistando
pessoas atraentes. Pensei se não estava na hora de eu
ter minha primeira transa, por que fui dar créditos aos
meus pensamentos agindo de forma precipitada!
Uma morena apetitosa se abaixou expondo sua
bunda gostosa frente os espelhos juntando algo do chão
onde vi tudo, linda morena dessas de parar o trânsito,
foi automática minha ereção!


Ela com micro mini-saia, abaixada com a calcinha
sendo devorada pela bunda gostosa, redondinha como a
lua cheia e pude ver o volume dos grandes lábios da
sua xaninha. Percebi pelo espelho ela demorar levantar
o tronco, virei observá-la. Ainda abaixada me
olhava em um sorriso sexy. Nervoso e num impulso
virei-me sorrindo como um garotinho tímido e medroso
ansioso pela primeira conquista pensando; “Ela sorriu
pra miiim, preciso fazer algo, já sei, vou oferecer-lhe
cerveja quando olhar no espelho... Ái meu Deeeus...
Que nervoso... -Olhou- Agora, vai seu medroso,
oferece cerveja a ela?! -Ofereci-
Eu nunca tinha tido uma mulher na vida, talvez
fosse o momento e a ofereci pelo espelho cerveja
erguendo meu copo que aceitou de imediato meu
convite, satisfeito pensei;“Estou indo bem, é por aí o
caminho Leonardh”. Pensava olhando sentar-se agora
do meu lado, morena estonteante tanto pela beleza
quanto pelo excesso de perfume forte e adocicado. Sem
hábito a bebidas alcoólicas por mais que venho de
família alemã, me senti mal com a mistura do perfume.
Naquela época ingeria pouca cerveja e foi-me
dando um embrulho e a convidei a dar umas voltas, o
que não faz falta de a inexperiência de vida em um
homem...


Prontamente olhando nos meus olhos perguntou se
fossemos a pé ela se negaria passear devido ao tamanco
de salto fino e alto. Disse que iríamos de carro e num
largo sorriso saímos. Ela se despediu de suas amigas na
mesa de antes e eu muuuito bobão, ingênuo não
entendi o sentido das palavras delas a Samanta...
- Miiiga, capricha no trabalho que não é sempre
que cai do céu um anjo desses pra gente?!
Já dentro da picape, eu conferia minha carteira e
num reflexo joguei-a no painel, assustado. Como um
estrondo três delas estavam grudadas na janela aos
gritos do lado de Samanta rindo, saltitando eufóricas
falando juntas em excesso se eu as levava junto passear
e prometiam não atrapalhar eu com Samanta. Não sabia
o que dizer para não magoá-las e Samanta não deixou
elas irem conosco dizendo que ela me viu primeiro e
ordenou que eu saísse. Abri meus braços em sinal de
lamento pedindo desculpas e me achando o...
“Bãozão do miaral“ naquele momento ...
Saímos passear pelo centro da cidade e faltou
pouco pra bater a picape com a pegada forte dela no
meu cacete que estava duuuro só de olhar àquelas
cochas roliças e torneadas...
- Desculpe, eu estava envolvido com o trânsito!


- Deu pra perceber gostosão?! -Riu-
Animada e embalada pela cerveja, pediu para
comprar mais cerveja Long Neck, comprei a ela,
dirigindo eu não beberia. Pediu que fossemos numa
ponte onde namorados costumam ir para “apreciar a
paisagem” e pensei animado que estava melhorando
as coisas. Chegamos no destino, agora conversando
como adultos. Meia hora depois eu ainda conversando
sobre vários assuntos e ela cada vez mais fechada até
que decidiu falar-me...
- Cara você é de outro mundo por acaso?
- Sabe que não, por que Samanta?
- Outro homem no teu lugar já teria me agarrado e feito sexo
de todo tipo comigo, você é gay?
Emudeci a olhando na dúvida de contar ou não
sobre minha antiga vida sacerdotal e dizer que eu era
virgem, que mal eu havia me masturbado. Não
consegui contar, nem dizer nada travado pela timidez,
ela sorriu dizendo que não me incomodasse em ser gay,
que sabia a grande maioria querer provar uma mulher e
ver se realmente é ou não homossexual.
Beijando-me já abriu o zíper da minha jeans
engolindo meu cacete e eu esperneando pela sensação
de senti-lo inteiro dentro da boca quente dela!



- Iiisso meu lindão, esperneia gostoso pra tua
Samanta vai, goza gostoso na minha boca e depois
come meu rabo, é o que você gosta, não é? Vem aqui
meu galego, vamos no banco de trás, mais espaço!
Lá me fez gozar com urros de um animal no cio
me debatendo suando em bicas e agonizando mais um
gozo já era noite, nos perdemos na hora, quando
olhando as horas falando assustada que a levasse para
casa. De certa forma gostei do pedido dando um tempo,
ela estava me matando com tantos gozos seguidos.
Sentia fraqueza , além da cerveja e do forte perfume
usado por ela, mas o que importava naquele momento
de êxtase? Sentia-me nas nuvens, levei pra sua casa!
- Moro aqui Leonardh, vamos entrar?
Novamente surpreso emudeci deixando escapar
como um bobão e era mesmo, aliás, ainda sou...
- Mas Samanta, aqui não é...
- É sim, sou prostituta se é que quis dizer isso,
vem, vamos entrar?!
Saltou da picape com minha carteira na mão
mostrando-a rindo...
- Vem medroso, vem pegar ela é sua?!


Reagi instantâneo correndo entrando atrás dela que
parou me devolvendo quando eu já me encontrava
dentro da boate. Lembro rindo da minha cara de
admiração observando a tudo, bonito lugar e agradável
por sinal. Colocou-me sentado em umas poltronas
confortáveis dizendo que conversasse naturalmente se
alguma garota tentasse trabalhar comigo, mas dissesse
que estava aguardando-a, concordei, foi se arrumar...
Foi onde lembrei a conversa delas com Samanta
sobre trabalho, ainda na lanchonete. Elas não se
vestiam, nem usavam maquiagens fortes e nada se
pareciam com prostitutas que vi e confessei algumas
vezes, exceto pelo doce perfume de Samanta que eu
sentia impregnado em minhas roupas e no dia seguinte
que fui perceber que levaria algum tempo como levou
pra sair por completo o cheiro de seu perfume de
dentro da picape. Voltou ainda mais atraente com um
shortinho se sentando em meu colo, mordendo meu
pescoço me deixando maluco de tesão novamente...
- Não tenho pudor algum... (Adivinhem o que
pensei?)... “Sou virgem madame”! ...
- Faça o que desejar comigo gostosão, farei em dois toques você
esquecer outros rapazes, vai ver!
Nada disse pensando que me fizesse esquecer meu
aluno Matias...


- Vamos pro quarto, aqui tem muita gente!
- Pra mim está bem aqui mesmo, Samanta?!
- Medo ou vergonha Leonardh? Você quem sabe
se quer dar um showlzinho particular de graça, vamos
lá, a vontade é sua?!
Desinibida me arrancou o cacete ereto pra fora das
calças caindo de joelhos me chupando. Ela rápida nas
atitudes nem consegui me defender em deixar que o
arrancasse pra fora caindo de boca entre todos e por
mais que a penumbra da luz não mostrasse com
clareza, dava de ver o que acontecia. Escapei me
levantando guardando assustado dentro das calças
olhando se alguém nos via e claro que nos viram...
- Ok, me leva onde me levaria antes, Samanta!
Num quarto de cama redonda me empurrou de
todo tamanho sobre a cama e deixei-me levar pela
situação mesmo tremendo por medo da inexperiência
de um homem e senti-me um garotinho. Não queria
pensar naquele momento em meus princípios de
educação familiar e religiosidade, mas estava enraizado
no meu ser, em minha alma. Agonizando no delírio do
tesão, ela falou que eu gostaria e não me preocupasse...



Vergonhosamente eu senti medo, uma ansiedade
incontrolável me dominando e nem sei do que
exatamente. Levantei me vestindo, ela derrubou-me
novamente na cama percebendo meu desespero e luta
em não querer mais fazer sexo com ela. Eu ainda só de
camiseta ela tentou a qualquer custo se sentar em meu
cacete que insistia permanecer ereto pra se exibir a ela.
Atormentado, nervoso, eu pedi perdão saindo correndo
do quarto e...
Na direção errada... Que vergonha!
Ela na porta falando alto:
- Decidindo voltar me procura Leonardh, por que não pensei antes nisso...
Hei, tá indo pro lado errado... (Fiz a volta) Só me
responde uma coisinha, você é virgem, não é?
Voltando correndo pelo longo corredor agora
sentido correto me vestindo, falei passando correndo e
respondendo-a:
- Eu sou sim, volto outra hora, está
muito tarde, preciso ir embora?!

Ouvi a gargalhada dela, não sei se da minha
situação como virgem medroso ou se foi por me ver
caindo e levantando na tentativa de vestir minha calça.
Eu passei correndo sem acertar as contas que ela havia
dito ter de pagar. Uma muralha me cercou dizendo se
eu não queria pagar, falei estar nervoso e não era
mentira minha.


Paguei dando graças sair de lá pela vergonha na
frustrada tentativa de me tornar um homem de fato! Em
casa frustrado na minha covardia e tabus como se ainda
fosse padre dentro da minha agora ex-batina, mas não
era, por que não me entreguei a ela?
Dormir depois de uma boa masturbação que se
passou hábito em minha vida me deleitando com as
lembranças dos momentos com Samanta!

Leonardh

domingo, 6 de junho de 2010

Seminário...Sussurros Secretos Capítulos I...II...III

Seminário...
Sussurros secretos! - Escritor Leonardh -

CAPÍTULO I

Temores da vida!

Por anos fui padre, infelizmente ou felizmente nem
sei, eu tive uma vida religiosa dedicada que levava a
sério essa vida de regras e abnegações. Mais tarde
decidi sair desse barco ou colocaria com meus atos
insanos e impulsos sexuais, o barco vocacional a deriva
sem volta sendo excomungado!

Ainda padre aos 22 anos...
Nova turma que eu daria aula de teologia,
apresentações formais, observava atento cada aluno e
como num passe de mágica me senti inteiramente
atraído e envolvido por um aluno que demonstrou seu
fascínio por mim. Passei dias e noites em claro orando,
tentando punir-me daqueles pensamentos eróticos e
tentadores com meu aluno, tentei e tentei muito deixar
de lado instinto sexual, parecia ele ter-me dominado.

Matias José 19 perto dos 20 anos, veio transferido
de outro seminário, alto, corpo malhado por esportes
que praticava, moreno de pele branca, olhos cor mel
esverdeado, sorriso perfeito...  

Por ordem superior eu teria que passar quarto por
quarto conferindo se eles estavam bem durante a noite.
Ao entrar no quarto onde se instalara meu aluno Matias
José, olhei direto como imã nossos olhares. Pediu-me
licença para ir ao banheiro, permitido ele foi.

Ao passar por mim saindo no corredor, devorou-
me com olhar sedutor, estremeci abaixando minha
cabeça revidando a tentação que transtornava meu ser.

Continuei a tarefa de fiscalização.
Tudo conferido passava por um corredor deveras
escuro indo dormir quando fui surpreendido por
alguém me puxando violento pra baixo da escadaria
grudando-me num beijo molhado e apaixonado.

Forcei a separação de nossos corpos, assustado e
ouvi um sussurro:

— É o Matias, professor Leonardh?!

— Está maluco Matias, o que pensa que está
fazen... Novamente pulou em meu pescoço me beijando e
pra meu descontrole, meu membro pulsava levantando
minha batina, que desespero.

Senti-me mal, não queria àquilo mais estava bom e
nunca eu havia nem se quer me masturbado por que eu
seguia rigoroso juramento de abstinência sexual
àqueles anos como padre...

— Deus, eu não posso, nós não podemos Matias,
pare, por favor, sabe que é errado isso tudo, não sabe?

— Sei padre Leonardh, me perdoe, isso não se
repetirá mais, só não fala a ninguém, por favor!

— Claro que não falarei nada, agora vai pro seu
quarto ore e durma!

— Sim padre, desculpe!

Saiu correndo pro quarto, eu estático o olhando
sumir nos corredores do antigo castelo onde fora doado
e usado como seminário seráfico. Encostei-me na
parede ainda sem crer no que acontecera, precisava
evitar novamente nosso erro...

Tentei em vão!

Passaram-se alguns dias, discreto Matias deu seu
caderno pedindo sugestão de um tema que estudavam.
Bateu com seu dedo indicador no bilhete dobrado
dentro do caderno pedindo que eu lesse...

Dizia somente:

“Eu Te quero padre Leonardh”!

Olhou-me sorrindo discreto apertando seu membro
mostrando estar disposto me tentar, o meu respondendo
aos apelos dele mesmo escondido embaixo da batida
onde pela primeira vez eu toquei meu membro por
baixo da escrivaninha e com desejo sexual...

Pecado?

Não sei, eu não queria, era mais forte que eu, orar?

Nada adiantava orar levantando minha batina com
meu membro ereto e respondi no bilhete com outro tipo
de letra, não minha habitual:

— Depois Matias José?!

E depois...


****************************************


CAPÍTULO II

Susto, meu primeiro orgasmo!

E depois de dar aula na turma dele segui para
outras turmas que me aguardavam, sai sem coragem de
olhar Matias, as horas pareceram voar e foi-se à tarde!

Na última aula arrumei minha mesa e saindo da sala

Matias aguardava no corredor encostado na parece:

— Seu depois pode ser agora professor Leonardh?

— Pode Matias, siga-me, por favor!

O levei a uma sala onde nós padres usávamos para
dialogar com alunos seminaristas digamos que,
rebeldes, não o Matias José, mas seria menos arriscado
conversarmos tranqüilos naquela hora da tarde,
sentamos, ele me olhava ansioso tentando descobrir os
motivos que eu o levei na sala de diálogos:

— Sei que errei noite passada padre, mas eu...

— Se acalme, não o trouxe aqui para conversar
sobre seu mau comportamento, claro, foi errado sim,
mas não o chamei para repreendê-lo por seu ato.

— Para que então?

— Falar do bilhete, por que disse aquilo e por que
faz de mim sua vítima de desejos?!

— Quer saber toda a verdade padre Leonardh?

— Sim, é para isso que o trouxe até aqui!

— Nem virgem eu sou mais padre, mas isso nada
importa desde que se eu chegar a vestir uma batina
como o senhor, eu tentarei cumprir meus juramentos de
abstinência sexual, mas aviso, eu tentarei, veja bem?!

— Ninguém está obrigando a ser padre, você é
livre para estudar sem se preocupar com o celibato!

— Eu sei padre Leonardh, na verdade estou aqui
por vontade dos meus pais, eu nem padre queria ser.

Eles me flagraram com outro rapaz num beijo e aqui
estou, trancafiado nesse seminário como bem vê!

— Você está enganando a si mesmo Matias José,
aqui somente entram àqueles que desejam realmente
estudar e tornar-se padre, fala a verdade meu filho?!

— Já vi que não posso esconder muito de você
padre... — Rimos — Antes de você, nunca havia
beijado ninguém na minha vida e sou virgem, sei que
sou gay, isso eu sei de certeza. Certa vez o padre rezou
acho que cinco missas na minha cidade e desde então,
eu o amo.

— Continue Matias, desculpe interromper!

— Juro por Deus padre, eu jamais desejei me
apaixonar assim justo por um padre, eu sei que não
posso, mas ao te olhar naquela missa tão feliz orando,
cantando com amor a Deus, eu me perdi de amores por
você e tornei-me assíduo em suas missas. Infelizmente
uma missa que eu não fui, minha mãe disse darem
notícia que você havia sido transferido a um seminário
onde daria aulas de teologia. Desesperado eu te busquei
por muitos lugares e me falaram o senhor estar no
seminário de onde eu vim transferido para este. Entrei
estudar e ser padre, só que no seminário errado e logo
descobri você estar neste daqui. Foi difícil convencer a
ordem para me deixarem vir para cá, tive de criar a
melhor das desculpas da minha vida, mais valeu à
pena! Quase tive um treco ao ser comunicado pelo
professor anterior a sua aula que seria aula de teologia
com o padre Leonardh. Meu coração em um desarranjo
de alegria por saber que o veria novamente e agora
com maior freqüência. Quando você entrou na sala de
aula sorrindo, meu coração galopou na garganta, quase
nem consegui me apresentar a você padre Leonardh.
Não queria, mas te amei e amo e se o coloco em
tentação me perdoe, mas eu senti que por alguma forte
razão, você também me quer padre Leonardh?!

Por tempo nos olhamos, eu tentando achar resposta
dentro de minha alma, dentro dos meus angustiados
apelos a Deus para que me afastasse os desejos:

— Fala algo padre Leonardh, seu silêncio me
sangra o coração como navalha de dois gumes, você
também me deseja, não é?

Entrou um superior na sala pedindo desculpas por
ter entrado, eu esqueci de virar a placa de ocupado...

— Sem problemas padre, já estamos de saída e
Matias José nada cometeu de errado, uns deslizes de
novato, sabe como é?!

— Sei sim, logo se habitua, não é Matias?

— Sim senhor padre, eu adoro estar aqui neste
seminário, minha vida está por aqui, sabia?!

— Maravilha, outro dom do sacerdócio!

Olhei-o sério indignado com que ele falou ao
padre por que eu sabia suas reais intenções de estar alí.
Levantei saindo cochichando a ele que sorriu num
suave deboche sedutor:

— 200 aves Maria por suas palavras! — Saí —

No corredor andei muito rápido escapando dele
antes que me alcançasse. Matias José fazia menção que
sentisse atormentado com seus “ataques sedutores”,
sobre mim. Acho que ele se divertia com tudo àquilo,
eu assim imaginava e o tempo me provou ele estar
realmente me amando e era assustador tudo aquilo, mas
era o que ele provou-me ser real!

Minhas noites passaram ser de orações contra o
que eu sentia em minha carne pulsante, os pensamentos
que surgiam em minha mente me tentando a errar,
fraquejar em minhas fracas fugas do amor do meu
aluno Matias José... Cansei de levantar na madrugada
caminhando na escuridão dos corredores sob a luz de
uma pequena vela, sentar-me ler em qualquer canto
deteriorando meus desejos sexuais...

“Deeeeeeeus, não me deixe cair em tentação, sou
fraco e preciso de sua ajuda meu Pai”!

Eu orava a todo instante, sentindo medo de me
apaixonar e não era por uma mulher, era por um
homem. Mais estranho me parecia estar acontecendo às
coisas na minha vida que tinha sido até então calma,
alegre e pacata no sentido das paixões e desejos!

Ouvi o arfar de chinelas no piso dos corredores ao
longe, fui ver quem poderia ser. Um vulto passou
rápido entrando em outra porta, sem medo fui conferir!

Entrando perguntei quem estava alí e gelei, dessa vez
me assustando de fato dando uns passos para trás
gemendo pelo susto, pálido eu vi um rosto frente à
claridade da vela, sorriu parecendo não sentir-se bem:

— Matias José, que susto me deu?!

— Padre Leonardh, eu não me sinto bem?!

— Por que desceu atrás de mim?

— Pedir ajuda, eu vi você passar no corredor e
vim atrás, preciso de ajuda.

Desmaiou...

Larguei o castiçal na mesa tentando despertá-lo do
desmaio e nada adiantava. Assustado o ergui no meu
ombro carregando como um saco de batatas subindo
uma longa escadaria, mas naquela noite pareciam não
ter fim os degraus pelo peso dele. O levei ao quarto
acordando aos outros que confirmaram ter se queixado
de dores no estômago depois do jantar.

Providenciei remédio que aos poucos melhorou
adormecendo, nada bom e o cuidei sentado numa
cadeira à noite toda ao lado da cama de Matias José.

  O observei a noite toda se debatendo, suando,
gemendo por dores, mesmo medicado. Na janela eu
olhava o dia amanhecer, surgiam os primeiros raios de
sol aquecendo invadindo o quarto dos seminaristas.

Encostei-me de pé na janela, braços cruzados com o
dedo indicador sobre meus lábios, o que isso é mania
minha. Olhando Matias José pensando as maluquices
que fez para estar junto de mim. Como ele falou-me,
não desejava ser padre e não via outra solução se não
estudar no seminário que eu dava aulas. Comecei ver
em Matias José um rapaz que antes não via, maduro,
decidido, disposto a lutar bravamente pelos seus ideais
de amor e prazer, mais eu não podia! Espreguiçou-se
ainda deitado e pude ver seu membro ereto levando os
lençóis, por minutos travei uma guerra com minha
ereção o olhando apertar seu membro gemendo
discreto.
Sentou-se olhando os amigos que ainda
dormiam, correu seus olhos na janela que eu estava
encostado, levando um susto disse com a mão no peito:

— Nossa que susto padre Leonardh, o que faz tão
cedo aqui no quarto?

— Passei a noite vigiando seu sono, ontem você
desmaiou por dores e seus colegas me falaram ser dor
de estômago, sente-se melhor hoje?

— Acho que sim, agradeço ter ajudado e cuidado
de mim padre, sinto um vazio no estômago!

— Deve ser fome, logo sai o café da manhã,
mesmo assim deve comer alguma coisa, vou ver se
encontro fruta algo assim, tem ainda uma hora de sono!

— Dormi o suficiente, vou tomar um banho e me
preparar para as atividades matinais. Estou feliz por ter
cuidado de mim padre Leonardh!

— Faria igual a qualquer um dos alunos!

— Isso eu sei padre! — Entristeceu —

Sai em busca de uma fruta, ao retornar no quarto o
encontrei de roupão acabando de chegar do banho
enxugava seus cabelos, dei a fruta e me disse o que
seria dele sem mim ao seu lado segurando forte minha
mão. Sem jeito falei a ele que eu estava ao lado dele e
de todos os outros alunos que necessitassem.

Puxei minha mão com medo que os outros nos
vissem. Mordendo a maçã num sorriso olhando de
canto, gesto sedutor e provocante:

— Vou tomar um banho para me acordar direito e
dentro de meia hora teremos as orações!

— Obrigado pela força padre Leonardh?!

  — Força? Somente para manter-me acordado e
ontem subir as escadarias com você...— Rimos —

Fui fazer o que precisava antes das orações das 7
horas da manhã. Duas horas depois no refeitório Matias
José tornou passar mal, teve vômito tornando desmaiar.

Preocupado meu superior pediu que um dos padres
com a manhã livre o levasse consultar e eu o fiz.
Chamamos um táxi e seguimos! Aguardando nossa
vez, Matias falou-me estar feliz por eu o cuidar com
tanto zelo, nem insisti que faria o mesmo a qualquer
um dos internos, mas pensei...
“Eu faria a todos mesma coisa, acho que não
com a mesma dedicação que dedico ao Matias José”!

Consultou e necessitou de internamento, também
permaneci junto dele o tempo de sua internação, não
poderia largá-lo sozinho sem seus pais junto dele.

Na parte da tarde retornei ao seminário buscar
roupas a ele e alguns pertences que me pediu e durante
a tarde dormiu pela forte medicação quase até o
anoitecer cometi um erro, não venci a curiosidade. Li
seu diário que deixou aberto no criado mudo do
hospital, parecia desejar que eu o lesse deixando suas
confidências à exposição de todos que entrassem!

  Peguei-o, pois uma enfermeira aplicando mais soro
enquanto ele dormia, lia o diário aberto. Pedi licença
gentilmente e o fechei deixando entre minhas mãos
com indicador marcando a página que ele havia escrito
algumas poucas linhas antes de adormecer. Lendo seu
diário ele contava sua felicidade apesar de doente e
internado, estar muito feliz por que junto dele estava à
pessoa por quem lutava pelo amor, eu, cada vez mais
me sentia envolvido por ele, por sua vida, pelo jeito de
ser, pelas doces palavras que soavam como uma suave
poesia numa canção de amor do meu aluno Matias José
por mim. “Ele é outro homem, não posso, não quero,
não é correto principalmente por eu ser um padre”!

Meus pensamentos contraditórios fervilhavam
lendo cada palavra de Matias José. Perdi-me envolvido
na leitura me imaginando nas cenas quentes e
excitantes que ele relatava seus sonhos de viver nos
meus braços. Foi incontrolável minha ereção que lendo
não percebi estar levantando batina! Acho que passei
por maluco com minha atitude, devido o susto ficando
sem jeito por estar lendo segredos dele sem sua ordem
e me flagrou...

— Ele mostra que você me deseja, padre?!

  Não poderia ser em pior momento ele ter
despertado olhando meu membro que fazia questão de
se exibir. Foi tudo tão rápido?! Tremo lembrando
daquela situação embaraçosa que Matias flagrou-me
lendo seus segredos e completando entra um doutor no
quarto e do susto eu no impulso, envergonhado,
nervoso, peguei o diário de Matias batendo em meu
membro ereto embaixo da batina, era uma surra nele...
Batendo nele e sapateando desesperado... Que furo...
Abismado o doutor estático na porta tentando
descobrir que merda eu estava fazendo, eu imaginei
que o meu membro perdesse ereção instantânea com a
surra de diário com capa dura e grossa. Matias José
chorava rindo por saber eu estar tentando disfarçar em
pânico minha ereção para que o doutor não visse, ele
tinha visto?!

Eu pulava como pipoca me embolando na batina
surrando meu membro, o doutor sério e preocupado me
perguntou:

— Tudo bem, padre?

— Não doutor, barata!

— Baratas aqui?

  Nada respondi sapateando matando barata
imaginária, o olhei com a maior cara de tacho...

— Pronto, ela mooorreu.

Sentei-me rápido sob crise de risos do doutor...

— Olha padre, não o conheço mais discordo da
idéia de um padre não ter ordem para casar e ereções
são comuns, afinal, o padre é um homem como eu,
meu paciente e todos os outros. Não se acanhe padre,
eu percebi sua ereção e uma surra nele vai adiantar?

Vermelhei, amarelei, fiquei roxo de vários tons
para responder o... - É?! Mais sem graça da vida!
Que vergonha e desatino, eu sai indo a capela do
hospital. Voltei um tempo depois me desculpando com

Matias José, olhando-me como um homem maduro
segurou minha mão depois de beijá-la, mas nossos
instintos sexuais mais fortes que ambos nos sujeitaram
a um beijo de amor. Puxou pelo meu pescoço forçando
curvar-me sobre ele deitado e caí em tentação o
beijando com intensidade. Nossas respirações e
discretos gemidos abafados pelos lábios quentes um do
outro, provou que eu não conseguiria resisti-lo por
muito mais tempo!

  Tentaria escapar dele, de mim mesmo, das
ereções, de tudo aquilo que me atormentava e resistiria
até quando fosse possível e durou pouco tempo...

Naquele beijo quente e molhado nossos membros
pulsantes desejosos por prazer, ainda no beijo.

Assustado eu senti um líquido quente escorrendo de
dentro de mim, meu corpo estremeceu por inteiro e
pensei estar tendo crise nervosa pelos estremecimentos
convulsivos no meu corpo, minhas pernas bambearam,
soltei meu peso em cima dele deixando escapar um
longo gemido abafado no pescoço de Matias José,
sussurrando a ele sem eu compreender o que acontecia
comigo, nunca havia sentido aquilo antes...

— Estou zonzooo Matias José... Hãããããããm...

Ele sorriu beijando meus cabelos no alto da cabeça
me dizendo que eu havia tido um orgasmo e na verdade
creio que foi mesmo e primeiro em toda minha vida...

Que meleca e que alívio desconcertante?!

Envergonhado pelo acontecido me recuperando do
tremor e fraqueza que eu sentia fui ao banheiro dando
de frente com padre Geraldo entrando na porta me
olhando como se soubesse o que eu havia feito com
Matias José, mas veja o que ele me disse me fazendo
quase desmaiar pelo susto...

— Satisfeito padre Leonardh?

— Como assim satisfeito, padre Geraldo?

— Seus alunos estão revoltados com seu substituto
nas suas aulas e formou praticamente uma rebelião
dentro do seminário, exigem aulas com você, não com
padre Arnoldo?!

— Amanhã cedo retorno as aulas, padre Geraldo?!

— Acho bom, padre Leonardh!

Ele entrou indo ver Matias José, no banheiro fiz
higiene agora tremendo ainda mais pela bronca de um
dos meus superiores... O que os seminaristas haviam
aprontado eu não sabia, mas para o padre Geraldo se
alterar, deveria ter sido coisa séria, saberia na manhã
seguinte ao retornar para minhas aulas. Matias José
ficou internado mais 2 dias e eu o visitava sempre ao
menos alguns minutos livres que eu tivesse. Chegando
na porta da sala de aula, o silêncio dominava os
corredores do seminário, antes de entrar parei na porta
olhando-os. Cabeças baixas amparando rostos nas
mãos alguns deles rabiscavam seus cadernos, outros
liam e aparentando tristeza, eu falei sorrindo...

— Oi pessoal?! -Olharam-me num sorriso-

— Oooooooooooooiii padreeeeeeeeeeeeeee?!


**************************************** 

CAPÍTULO III


Relatos das revoltas e surpresas!


Sentei-me realizar uma geral de quem estava
presente e não naquela aula, todos, menos Matias José
que desejosos por saberem do estado de saúde dele e
relatei... Eu dei início a uma conversa informal para
saber o porquê da rebelião feito por eles na minha
ausência e foi surpreendente. Como eles se acanharam
em responder-me oralmente, tive a idéia de pedir para
que escrevessem em forma de redação, um desabafo,
como se escrevessem seus diários quem era habituado.


Passamos a aula toda com o tema:
“Por que minha rebeldia sem o padre Leonardh?”


Fim de aula e executei mesmo tema em todas as
turmas. A alegria era geral das turmas ao me verem
entrar na sala de aula, nem havia percebido antes o
quanto gostavam de mim. Senti-a feliz e ao mesmo
tempo pensativo o que estava havendo se todos os
padres os tratavam bem por igual e o padre Arnoldo
além de excelente professor, sempre fora amigo e
querido por todos. Não compreendia a rebeldia deles na
minha ausência, mas lendo todos os relatos durante a
noite fui descobrindo coisas de cada aluno das turmas.

  A cada novo relato mais eu me apavorava...
Escritas na grande maioria como confissão as
malandragens aprontadas na rebeldia deles, eu ri muito
de alguns relatos, me assustei demais com outros e me
senti o causador de tudo aquilo ao ler declarações de
paixões e desejos por mim. De início pensei serem
zombarias dos rapazes, pois eu dava aula para rapazes
acima dos 18 anos e jovens aprontam mesmo, antes
fosse zombarias, eram sérios os relatos e foi onde eu
descobri existirem em todas as turmas mais de 30
Matias, homossexuais e bissexuais, dito por alguns.
Angustiado me perguntava lendo e resmungando
onde foi que eu havia errado com meu comportamento
para com esses “Matias José” existentes nas turmas.


Tinha certeza de ter sempre sido bom amigo a todos e
atencioso, companheiro nas horas de lágrimas e dores
assim como na alegria.


“Onde errei para despertar paixões neles?”


Passei remoer essa pergunta examinando minha
consciência e não encontrava resposta. Somente
ocorreu maior expressão de afeto em relação a Matias.

Antes disso eu nunca sentira nada de “anormal”
com outros seminaristas...


Onde errei?


Depois do exame de consciência tive a certeza de
não ter provocado tais sentimentos e desejos por mim,
não consciente como aconteceu com meu aluno Matias.


Tanto que, a maioria deles dizia saber eu não ter jeito
de homossexual, mas aconteceu à paixão observando
meu jeito de ser, jeito de caminhar, de falar, meu tom
de voz, minha beleza masculina dito por eles, não acho
eu ter exuberante beleza, sou apenas um homem.


Fui frente ao espelho conferir o que diziam sobre
eu ser lindo, sacudindo a cabeça descordando deles
tornei ler os que ainda faltavam e três desses relatos me
atemorizaram.


Um dizia saber que Matias José me amava, outro
que estava estampado em nossas testas que tínhamos
um caso e o terceiro fora pior. Como ele sabia nem
fazia idéia, mas sabia de nós dois e este foi o mais
revolto e seu relato falava exatamente assim:


...Sabe padre Leonardh, nunca me imaginei nos
braços de outro rapaz e adivinha com quem são meus
mais ardentes desejos da carne? Você padre, é sim e não estou zoando e nem
teria por que eu fazer isso contigo, não acha? É, mas
me parece eu ter chegado tarde por que acha eu ser
bobo? Não sou bobo e eu já percebi seu fascínio pelo
meu amigo de classe e de quarto, o Matias José. Poderá
morrer negando padre Leonardh e não vai me
convencer que estou vendo coisa onde não existe por
que não fui eu que falei dormindo. Ele mesmo se
entregou falando durante seu sono conturbado e todos
nós do quarto ouvimos sua confissão. Ele te ama e
percebemos você ter grande queda por ele, pensa que
nós não percebemos, padre? Tenho a muitos daqui nas
mãos e você é um dos muitos, mas não se preocupe
que eu não sou de tirar proveito dessas coisas, bom,
não se me faz bem, hehe... Gelou não é professor? Por
tanto, o melhor que tem a fazer é me encontrar no
jardim de inverno dos fundos às 23 horas de quarta-
feira, ainda terá um dia pra pensar, ou... Quem sabe eu
resolva abrir minha boca aos superiores. É, eu falei não
fazer uso do que sei se caso não houver interesse, mas
tem algo que me interessa nessa jogada, você! Estarei
te esperando e para seu bem, esteja lá padre Leonardh...
Eu te amo. Seu aluno Victor, não me odeie por isso!

Assustado lendo tudo aquilo, apavorado por saber
que 15 alunos sabiam sobre o Matias José e eu, não
sabia até onde poderiam ter ido as confissões de Matias
José durante o sono e para saber somente Victor
poderia contar-me. Agora compreendia por que eu era
um dos professores mais aguardados das turmas, por
acharem eu ser gay, nem eu sabia ser e continuo assim
até o momento, sem saber o que pretendo da vida!


Chegou quarta-feira e fui me encontrar nos jardins de
inverno nos fundos do seminário, ele estava lá, sentado
sorrindo me aguardando:


— Sabia que viria padre Leonardh?!


— Por ventura deixou-me escolha, Victor?


Disse que não num gesto de cabeça, sentei ao seu
lado e pedi que fosse contando sobre o que Matias José
havia comentado em seu sono:


— Falou pouco, disse que sua boca tem um sabor
especial ou seja, se beijaram, né padre?!


— Ele pode ter imaginado tudo isso e sonhado
Victor e ter falado, nada prova?!

— Não né? Sei... Então nada prova, ele ter te
pedido perdão por ter te beijado e ficar feliz falando da
tua ereção pelo beijo que os dois tiveram embaixo da
escadaria? Sei que não prova padre Leonardh?!


Gargalhou andando de um lado a outro de mãos no
bolso, chutou uns pedregulhos me olhou aguardando
uma resposta:


— Então, não tem nada a me dizer padre?


— O que deseja que diga depois de eu saber que
Matias José fala dormindo? Já sabe de tudo, mas eu...


— Não o ama isso? Diga que não professor, diga
que somente tem desejos por ele e não passo disso, que
sou eu a quem você ama!


Levantei-me nervoso pela situação...


— Não amo a ninguém Victor, não como homem
e muito menos como gay, eu não sou e depois, Matias
José é quem me ama, qual a culpa que eu tenho do que
ele sente por mim ou todos os outros... Esquece!


— Eu sei que você é desejado por muitos, suas
aulas são boas e divertidas, mas acha ser só por isso?
Fizemos a rebelião por que na verdade os superiores
nos obrigaram. Da maneira que nos explicaram sua ausência nos
pareceu somente Matias ter valor aqui dentro e isso nós
não admitimos partindo a rebelião.


— Fizeram o que exatamente, Victor?


— Colocamos perfume no lugar de produtos de
limpeza e produtos de limpeza no lugar de loção de
barbear, pior o padre Gustavo que teve alergia das
bravas e o padre Serafim por que colocamos cal no
lugar do talco para seus calçados, no refeitório guerra
de alimentos, greve de trabalho e muito mais coisas...


— Malucos, por isso os dois estão afastados de
suas atividades, isso não se faz Victor! Estou tendo de
substituir todas as aulas deles o que me custa sem
tempo para respirar. Protestassem de outra forma sadia
e madura, não acha terem errado?


— Claro que erramos, mas deu certo e não se
esquece que por dias estamos com você três aulas
diárias, bom para nós que o vemos mais vezes.
Mandamos para o padre Geraldo diretor, que nos
aguardassem se você não viesse nos dar aulas no dia
seguinte e todos sem exceção, assinamos a carta! Não
se preocupe, ele acha que é por que nós adoramos sua
matéria e não é somente por isso, é por gostarmos de
admirar sua beleza masculina e jeito de ser.

Falando nisso, quero um beijo e sabe que não
pode se negar a isso padre Leonardh, eu o tenho nas
mãos?!


Revoltei-me dizendo que isso não era justo, nem
parecia que gostava de mim se usava de chantagem, me
disse saber ser a única chance de ter meu beijo ou
carinho vindo da minha parte. Pensei, repensei e como
não era somente ele quem estava sabendo sobre eu e
Matias José, não poderia me arriscar. O beijei
rapidamente depois de angustiado me espremendo na
tentativa de dar o beijo nele. Ele percebeu não ter jeito
para avançar sinal me agarrando num beijo molhado,
demorado mais de quinze minutos, excitante e bom, saí
correndo com meu membro parecendo quebrar se eu o
batesse. Gritou de longe...


— Sabia que gostaria do meu beijo padre?!


Deitei-me depois de orar bastante e em pânico
imaginando se ele falasse aos outros da chantagem e
todos cometessem a mesma atitude dele e acontecendo
isso exato três dias depois, mas não me comunicaram.


Indo a uma capela mais distante do seminário
ainda nas mesmas terras, os mais de 30 “Matias”,
me aguardavam como numa emboscada me cercando,
quem comandava a “gangue”, era Victor...

  — Oi padre Leonardh, todos desejamos uma coisa
de você, é simples, rápido, indolor e...


— Não farei nada rapazes, esqueçam?!


Fui caminhando, eles também me rodeando:


— Só queremos que você se masturbe sem tocar
em nenhum de nós e juramos nunca mais te perturbar
padre Leonardh, é nossa promessa!


— Como poderei saber se não estão blefando?


— Aqui está pronto e assinado por todos nós, por
isso poderá confiar padre e ainda nós guardaremos
segredo total de você e Matias José?!


— Estão malucos, nunca fiz isso nem quando
menino, como vocês acham eu ter coragem agora
frente a 30 marmanjos?


— Nada de mais padre, sabemos e já ouvimos
outros padres se masturbarem a noite.


— Como sabem disso?

— Corredores dão eco esqueceu padre? Gemem,
urram seu gozo e vai saber se é somente por que estão
se masturbando, afinal, todos são homens comuns. Tem
alguns padres que vimos. Um vê, corre chamar outro e
assim vai. Gostamos assistir e ouvir os urros abafados.
Outro sério e tímido disse que eu fizesse e logo estaria
tudo pronto, eles satisfeitos e tudo acabado.


Eles ergueram suas mãos em juramento solene
oralmente que me deixariam tranqüilo se eu me
masturbasse. Apenas iriam se divertir me olhando na
masturbação.


Pensei, eu repensei tremendo desesperado e eu
sem saber exato o que dizer ou fazer...


— Então padre Leonardh, tomou uma decisão?


— Sim, eu...

Continua no meu romance completo a venda no meu e-mail:_


escritor_leonardh@hotmail.com

"Parte do meu ROMANCE cedida gratuitamente aos leitores"

SOMENTE contatos para informar compra e pagamento... R$ 20,00 (COMPLETO)

Seminário...Sussurros Secretos Capítulos I...II...III

Seminário...
Sussurros secretos!

CAPÍTULO I

Temores da vida!

Por anos fui padre, infelizmente ou felizmente nem
sei, eu tive uma vida religiosa dedicada que levava a
sério essa vida de regras e abnegações. Mais tarde
decidi sair desse barco ou colocaria com meus atos
insanos e impulsos sexuais, o barco vocacional a deriva
sem volta sendo excomungado!
Ainda padre aos 22 anos...
Nova turma que eu daria aula de teologia,
apresentações formais, observava atento cada aluno e
como num passe de mágica me senti inteiramente
atraído e envolvido por um aluno que demonstrou seu
fascínio por mim. Passei dias e noites em claro orando,
tentando punir-me daqueles pensamentos eróticos e
tentadores com meu aluno, tentei e tentei muito deixar
de lado instinto sexual, parecia ele ter-me dominado.
Matias José 19 perto dos 20 anos, veio transferido
de outro seminário, alto, corpo malhado por esportes
que praticava, moreno de pele branca, olhos cor mel
esverdeado, sorriso perfeito...  
Por ordem superior eu teria que passar quarto por
quarto conferindo se eles estavam bem durante a noite.
Ao entrar no quarto onde se instalara meu aluno Matias
José, olhei direto como imã nossos olhares. Pediu-me
licença para ir ao banheiro, permitido ele foi.
Ao passar por mim saindo no corredor, devorou-
me com olhar sedutor, estremeci abaixando minha
cabeça revidando a tentação que transtornava meu ser.
Continuei a tarefa de fiscalização.
Tudo conferido passava por um corredor deveras
escuro indo dormir quando fui surpreendido por
alguém me puxando violento pra baixo da escadaria
grudando-me num beijo molhado e apaixonado.
Forcei a separação de nossos corpos, assustado e
ouvi um sussurro:
— É o Matias, professor Leonardh?!
— Está maluco Matias, o que pensa que está
fazen...
Novamente pulou em meu pescoço me beijando e
pra meu descontrole, meu membro pulsava levantando
minha batina, que desespero.

Senti-me mal, não queria àquilo mais estava bom e
nunca eu havia nem se quer me masturbado por que eu
seguia rigoroso juramento de abstinência sexual
àqueles anos como padre...
— Deus, eu não posso, nós não podemos Matias,
pare, por favor, sabe que é errado isso tudo, não sabe?
— Sei padre Leonardh, me perdoe, isso não se
repetirá mais, só não fala a ninguém, por favor!
— Claro que não falarei nada, agora vai pro seu
quarto ore e durma!
— Sim padre, desculpe!
Saiu correndo pro quarto, eu estático o olhando
sumir nos corredores do antigo castelo onde fora doado
e usado como seminário seráfico. Encostei-me na
parede ainda sem crer no que acontecera, precisava
evitar novamente nosso erro...
Tentei em vão!
Passaram-se alguns dias, discreto Matias deu seu
caderno pedindo sugestão de um tema que estudavam.
Bateu com seu dedo indicador no bilhete dobrado
dentro do caderno pedindo que eu lesse...
Dizia somente:

“Eu Te quero padre Leonardh”!
Olhou-me sorrindo discreto apertando seu membro
mostrando estar disposto me tentar, o meu respondendo
aos apelos dele mesmo escondido embaixo da batida
onde pela primeira vez eu toquei meu membro por
baixo da escrivaninha e com desejo sexual...
Pecado?
Não sei, eu não queria, era mais forte que eu, orar?
Nada adiantava orar levantando minha batina com
meu membro ereto e respondi no bilhete com outro tipo
de letra, não minha habitual:
— Depois Matias José?!
E depois...
........................................................................
CAPÍTULO II
Susto, meu primeiro orgasmo!
E depois de dar aula na turma dele segui para
outras turmas que me aguardavam, sai sem coragem de
olhar Matias, as horas pareceram voar e foi-se à tarde!
Na última aula arrumei minha mesa e saindo da sala
Matias aguardava no corredor encostado na parece:
— Seu depois pode ser agora professor Leonardh?
— Pode Matias, siga-me, por favor!
O levei a uma sala onde nós padres usávamos para
dialogar com alunos seminaristas digamos que,
rebeldes, não o Matias José, mas seria menos arriscado
conversarmos tranqüilos naquela hora da tarde,
sentamos, ele me olhava ansioso tentando descobrir os
motivos que eu o levei na sala de diálogos:
— Sei que errei noite passada padre, mas eu...
— Se acalme, não o trouxe aqui para conversar
sobre seu mau comportamento, claro, foi errado sim,
mas não o chamei para repreendê-lo por seu ato.
— Para que então?

— Falar do bilhete, por que disse aquilo e por que
faz de mim sua vítima de desejos?!
— Quer saber toda a verdade padre Leonardh?
— Sim, é para isso que o trouxe até aqui!
— Nem virgem eu sou mais padre, mas isso nada
importa desde que se eu chegar a vestir uma batina
como o senhor, eu tentarei cumprir meus juramentos de
abstinência sexual, mas aviso, eu tentarei, veja bem?!
— Ninguém está obrigando a ser padre, você é
livre para estudar sem se preocupar com o celibato!
— Eu sei padre Leonardh, na verdade estou aqui
por vontade dos meus pais, eu nem padre queria ser.
Eles me flagraram com outro rapaz num beijo e aqui
estou, trancafiado nesse seminário como bem vê!
— Você está enganando a si mesmo Matias José,
aqui somente entram àqueles que desejam realmente
estudar e tornar-se padre, fala a verdade meu filho?!

— Já vi que não posso esconder muito de você
padre... — Rimos — Antes de você, nunca havia
beijado ninguém na minha vida e sou virgem, sei que
sou gay, isso eu sei de certeza. Certa vez o padre rezou
acho que cinco missas na minha cidade e desde então,
eu o amo.

— Continue Matias, desculpe interromper!
— Juro por Deus padre, eu jamais desejei me
apaixonar assim justo por um padre, eu sei que não
posso, mas ao te olhar naquela missa tão feliz orando,
cantando com amor a Deus, eu me perdi de amores por
você e tornei-me assíduo em suas missas. Infelizmente
uma missa que eu não fui, minha mãe disse darem
notícia que você havia sido transferido a um seminário
onde daria aulas de teologia. Desesperado eu te busquei
por muitos lugares e me falaram o senhor estar no
seminário de onde eu vim transferido para este. Entrei
estudar e ser padre, só que no seminário errado e logo
descobri você estar neste daqui. Foi difícil convencer a
ordem para me deixarem vir para cá, tive de criar a
melhor das desculpas da minha vida, mais valeu à
pena! Quase tive um treco ao ser comunicado pelo
professor anterior a sua aula que seria aula de teologia
com o padre Leonardh. Meu coração em um desarranjo
de alegria por saber que o veria novamente e agora
com maior freqüência. Quando você entrou na sala de
aula sorrindo, meu coração galopou na garganta, quase
nem consegui me apresentar a você padre Leonardh.
Não queria, mas te amei e amo e se o coloco em
tentação me perdoe, mas eu senti que por alguma forte
razão, você também me quer padre Leonardh?!

Por tempo nos olhamos, eu tentando achar resposta
dentro de minha alma, dentro dos meus angustiados
apelos a Deus para que me afastasse os desejos:
— Fala algo padre Leonardh, seu silêncio me
sangra o coração como navalha de dois gumes, você
também me deseja, não é?
Entrou um superior na sala pedindo desculpas por
ter entrado, eu esqueci de virar a placa de ocupado...
— Sem problemas padre, já estamos de saída e
Matias José nada cometeu de errado, uns deslizes de
novato, sabe como é?!
— Sei sim, logo se habitua, não é Matias?
— Sim senhor padre, eu adoro estar aqui neste
seminário, minha vida está por aqui, sabia?!
— Maravilha, outro dom do sacerdócio!
Olhei-o sério indignado com que ele falou ao
padre por que eu sabia suas reais intenções de estar alí.
Levantei saindo cochichando a ele que sorriu num
suave deboche sedutor:
— 200 aves Maria por suas palavras! — Saí —
No corredor andei muito rápido escapando dele
antes que me alcançasse. Matias José fazia menção que
sentisse atormentado com seus “ataques sedutores”,
sobre mim. Acho que ele se divertia com tudo àquilo,
eu assim imaginava e o tempo me provou ele estar
realmente me amando e era assustador tudo aquilo, mas
era o que ele provou-me ser real!
Minhas noites passaram ser de orações contra o
que eu sentia em minha carne pulsante, os pensamentos
que surgiam em minha mente me tentando a errar,
fraquejar em minhas fracas fugas do amor do meu
aluno Matias José... Cansei de levantar na madrugada
caminhando na escuridão dos corredores sob a luz de
uma pequena vela, sentar-me ler em qualquer canto
deteriorando meus desejos sexuais...
“Deeeeeeeus, não me deixe cair em tentação, sou
fraco e preciso de sua ajuda meu Pai”!
Eu orava a todo instante, sentindo medo de me
apaixonar e não era por uma mulher, era por um
homem. Mais estranho me parecia estar acontecendo às
coisas na minha vida que tinha sido até então calma,
alegre e pacata no sentido das paixões e desejos!
Ouvi o arfar de chinelas no piso dos corredores ao
longe, fui ver quem poderia ser. Um vulto passou
rápido entrando em outra porta, sem medo fui conferir!
Entrando perguntei quem estava alí e gelei, dessa vez
me assustando de fato dando uns passos para trás
gemendo pelo susto, pálido eu vi um rosto frente à
claridade da vela, sorriu parecendo não sentir-se bem:
— Matias José, que susto me deu?!
— Padre Leonardh, eu não me sinto bem?!
— Por que desceu atrás de mim?
— Pedir ajuda, eu vi você passar no corredor e
vim atrás, preciso de ajuda.
Desmaiou...
Larguei o castiçal na mesa tentando despertá-lo do
desmaio e nada adiantava. Assustado o ergui no meu
ombro carregando como um saco de batatas subindo
uma longa escadaria, mas naquela noite pareciam não
ter fim os degraus pelo peso dele. O levei ao quarto
acordando aos outros que confirmaram ter se queixado
de dores no estômago depois do jantar.

Providenciei remédio que aos poucos melhorou
adormecendo, nada bom e o cuidei sentado numa
cadeira à noite toda ao lado da cama de Matias José.

  O observei a noite toda se debatendo, suando,
gemendo por dores, mesmo medicado. Na janela eu
olhava o dia amanhecer, surgiam os primeiros raios de
sol aquecendo invadindo o quarto dos seminaristas.
Encostei-me de pé na janela, braços cruzados com o
dedo indicador sobre meus lábios, o que isso é mania
minha. Olhando Matias José pensando as maluquices
que fez para estar junto de mim. Como ele falou-me,
não desejava ser padre e não via outra solução se não
estudar no seminário que eu dava aulas. Comecei ver
em Matias José um rapaz que antes não via, maduro,
decidido, disposto a lutar bravamente pelos seus ideais
de amor e prazer, mais eu não podia! Espreguiçou-se
ainda deitado e pude ver seu membro ereto levando os
lençóis, por minutos travei uma guerra com minha
ereção o olhando apertar seu membro gemendo
discreto.
Sentou-se olhando os amigos que ainda
dormiam, correu seus olhos na janela que eu estava
encostado, levando um susto disse com a mão no peito:
— Nossa que susto padre Leonardh, o que faz tão
cedo aqui no quarto?
— Passei a noite vigiando seu sono, ontem você
desmaiou por dores e seus colegas me falaram ser dor
de estômago, sente-se melhor hoje?

— Acho que sim, agradeço ter ajudado e cuidado
de mim padre, sinto um vazio no estômago!
— Deve ser fome, logo sai o café da manhã,
mesmo assim deve comer alguma coisa, vou ver se
encontro fruta algo assim, tem ainda uma hora de sono!
— Dormi o suficiente, vou tomar um banho e me
preparar para as atividades matinais. Estou feliz por ter
cuidado de mim padre Leonardh!
— Faria igual a qualquer um dos alunos!
— Isso eu sei padre! — Entristeceu —
Sai em busca de uma fruta, ao retornar no quarto o
encontrei de roupão acabando de chegar do banho
enxugava seus cabelos, dei a fruta e me disse o que
seria dele sem mim ao seu lado segurando forte minha
mão. Sem jeito falei a ele que eu estava ao lado dele e
de todos os outros alunos que necessitassem.
Puxei minha mão com medo que os outros nos
vissem. Mordendo a maçã num sorriso olhando de
canto, gesto sedutor e provocante:
— Vou tomar um banho para me acordar direito e
dentro de meia hora teremos as orações!
— Obrigado pela força padre Leonardh?!

— Força? Somente para manter-me acordado e
ontem subir as escadarias com você...— Rimos —
Fui fazer o que precisava antes das orações das 7
horas da manhã. Duas horas depois no refeitório Matias
José tornou passar mal, teve vômito tornando desmaiar.
Preocupado meu superior pediu que um dos padres
com a manhã livre o levasse consultar e eu o fiz.
Chamamos um táxi e seguimos! Aguardando nossa
vez, Matias falou-me estar feliz por eu o cuidar com
tanto zelo, nem insisti que faria o mesmo a qualquer
um dos internos, mas pensei...
“Eu faria a todos mesma coisa, acho que não
com a mesma dedicação que dedico ao Matias José”!
Consultou e necessitou de internamento, também
permaneci junto dele o tempo de sua internação, não
poderia largá-lo sozinho sem seus pais junto dele.
Na parte da tarde retornei ao seminário buscar
roupas a ele e alguns pertences que me pediu e durante
a tarde dormiu pela forte medicação quase até o
anoitecer cometi um erro, não venci a curiosidade. Li
seu diário que deixou aberto no criado mudo do
hospital, parecia desejar que eu o lesse deixando suas
confidências à exposição de todos que entrassem!

  Peguei-o, pois uma enfermeira aplicando mais soro
enquanto ele dormia, lia o diário aberto. Pedi licença
gentilmente e o fechei deixando entre minhas mãos
com indicador marcando a página que ele havia escrito
algumas poucas linhas antes de adormecer. Lendo seu
diário ele contava sua felicidade apesar de doente e
internado, estar muito feliz por que junto dele estava à
pessoa por quem lutava pelo amor, eu, cada vez mais
me sentia envolvido por ele, por sua vida, pelo jeito de
ser, pelas doces palavras que soavam como uma suave
poesia numa canção de amor do meu aluno Matias José
por mim. “Ele é outro homem, não posso, não quero,
não é correto principalmente por eu ser um padre”!
Meus pensamentos contraditórios fervilhavam
lendo cada palavra de Matias José. Perdi-me envolvido
na leitura me imaginando nas cenas quentes e
excitantes que ele relatava seus sonhos de viver nos
meus braços. Foi incontrolável minha ereção que lendo
não percebi estar levantando batina! Acho que passei
por maluco com minha atitude, devido o susto ficando
sem jeito por estar lendo segredos dele sem sua ordem
e me flagrou...
— Ele mostra que você me deseja, padre?!

  Não poderia ser em pior momento ele ter
despertado olhando meu membro que fazia questão de
se exibir. Foi tudo tão rápido?! Tremo lembrando
daquela situação embaraçosa que Matias flagrou-me
lendo seus segredos e completando entra um doutor no
quarto e do susto eu no impulso, envergonhado,
nervoso, peguei o diário de Matias batendo em meu
membro ereto embaixo da batina, era uma surra nele...
Batendo nele e sapateando desesperado... Que furo...
Abismado o doutor estático na porta tentando
descobrir que merda eu estava fazendo, eu imaginei
que o meu membro perdesse ereção instantânea com a
surra de diário com capa dura e grossa. Matias José
chorava rindo por saber eu estar tentando disfarçar em
pânico minha ereção para que o doutor não visse, ele
tinha visto?!
Eu pulava como pipoca me embolando na batina
surrando meu membro, o doutor sério e preocupado me
perguntou:
— Tudo bem, padre?
— Não doutor, barata!
— Baratas aqui?

  Nada respondi sapateando matando barata
imaginária, o olhei com a maior cara de tacho...
— Pronto, ela mooorreu.
Sentei-me rápido sob crise de risos do doutor...
— Olha padre, não o conheço mais discordo da
idéia de um padre não ter ordem para casar e ereções
são comuns, afinal, o padre é um homem como eu,
meu paciente e todos os outros. Não se acanhe padre,
eu percebi sua ereção e uma surra nele vai adiantar?
Vermelhei, amarelei, fiquei roxo de vários tons
para responder o... - É?! Mais sem graça da vida!
Que vergonha e desatino, eu sai indo a capela do
hospital. Voltei um tempo depois me desculpando com
Matias José, olhando-me como um homem maduro
segurou minha mão depois de beijá-la, mas nossos
instintos sexuais mais fortes que ambos nos sujeitaram
a um beijo de amor. Puxou pelo meu pescoço forçando
curvar-me sobre ele deitado e caí em tentação o
beijando com intensidade. Nossas respirações e
discretos gemidos abafados pelos lábios quentes um do
outro, provou que eu não conseguiria resisti-lo por
muito mais tempo!

  Tentaria escapar dele, de mim mesmo, das
ereções, de tudo aquilo que me atormentava e resistiria
até quando fosse possível e durou pouco tempo...
Naquele beijo quente e molhado nossos membros
pulsantes desejosos por prazer, ainda no beijo.
Assustado eu senti um líquido quente escorrendo de
dentro de mim, meu corpo estremeceu por inteiro e
pensei estar tendo crise nervosa pelos estremecimentos
convulsivos no meu corpo, minhas pernas bambearam,
soltei meu peso em cima dele deixando escapar um
longo gemido abafado no pescoço de Matias José,
sussurrando a ele sem eu compreender o que acontecia
comigo, nunca havia sentido aquilo antes...
— Estou zonzooo Matias José... Hãããããããm...
Ele sorriu beijando meus cabelos no alto da cabeça
me dizendo que eu havia tido um orgasmo e na verdade
creio que foi mesmo e primeiro em toda minha vida...
Que meleca e que alívio desconcertante?!
Envergonhado pelo acontecido me recuperando do
tremor e fraqueza que eu sentia fui ao banheiro dando
de frente com padre Geraldo entrando na porta me
olhando como se soubesse o que eu havia feito com
Matias José, mas veja o que ele me disse me fazendo
quase desmaiar pelo susto...

— Satisfeito padre Leonardh?
— Como assim satisfeito, padre Geraldo?
— Seus alunos estão revoltados com seu substituto
nas suas aulas e formou praticamente uma rebelião
dentro do seminário, exigem aulas com você, não com
padre Arnoldo?!
— Amanhã cedo retorno as aulas, padre Geraldo?!
— Acho bom, padre Leonardh!
Ele entrou indo ver Matias José, no banheiro fiz
higiene agora tremendo ainda mais pela bronca de um
dos meus superiores... O que os seminaristas haviam
aprontado eu não sabia, mas para o padre Geraldo se
alterar, deveria ter sido coisa séria, saberia na manhã
seguinte ao retornar para minhas aulas. Matias José
ficou internado mais 2 dias e eu o visitava sempre ao
menos alguns minutos livres que eu tivesse. Chegando
na porta da sala de aula, o silêncio dominava os
corredores do seminário, antes de entrar parei na porta
olhando-os. Cabeças baixas amparando rostos nas
mãos alguns deles rabiscavam seus cadernos, outros
liam e aparentando tristeza, eu falei sorrindo...
— Oi pessoal?! -Olharam-me num sorriso-

— Oooooooooooooiii padreeeeeeeeeeeeeee?!

..........................................................................

CAPÍTULO III

Relatos das revoltas e surpresas!

Sentei-me realizar uma geral de quem estava
presente e não naquela aula, todos, menos Matias José
que desejosos por saberem do estado de saúde dele e
relatei... Eu dei início a uma conversa informal para
saber o porquê da rebelião feito por eles na minha
ausência e foi surpreendente. Como eles se acanharam
em responder-me oralmente, tive a idéia de pedir para
que escrevessem em forma de redação, um desabafo,
como se escrevessem seus diários quem era habituado.

Passamos a aula toda com o tema:
“Por que minha rebeldia sem o padre Leonardh?”

Fim de aula e executei mesmo tema em todas as
turmas. A alegria era geral das turmas ao me verem
entrar na sala de aula, nem havia percebido antes o
quanto gostavam de mim. Senti-a feliz e ao mesmo
tempo pensativo o que estava havendo se todos os
padres os tratavam bem por igual e o padre Arnoldo
além de excelente professor, sempre fora amigo e
querido por todos. Não compreendia a rebeldia deles na
minha ausência, mas lendo todos os relatos durante a
noite fui descobrindo coisas de cada aluno das turmas.

  A cada novo relato mais eu me apavorava...
Escritas na grande maioria como confissão as
malandragens aprontadas na rebeldia deles, eu ri muito
de alguns relatos, me assustei demais com outros e me
senti o causador de tudo aquilo ao ler declarações de
paixões e desejos por mim. De início pensei serem
zombarias dos rapazes, pois eu dava aula para rapazes
acima dos 18 anos e jovens aprontam mesmo, antes
fosse zombarias, eram sérios os relatos e foi onde eu
descobri existirem em todas as turmas mais de 30
Matias, homossexuais e bissexuais, dito por alguns.
Angustiado me perguntava lendo e resmungando
onde foi que eu havia errado com meu comportamento
para com esses “Matias José” existentes nas turmas.

Tinha certeza de ter sempre sido bom amigo a todos e
atencioso, companheiro nas horas de lágrimas e dores
assim como na alegria.

“Onde errei para despertar paixões neles?”

Passei remoer essa pergunta examinando minha
consciência e não encontrava resposta. Somente
ocorreu maior expressão de afeto em relação a Matias.

Antes disso eu nunca sentira nada de “anormal”
com outros seminaristas...

Onde errei?

Depois do exame de consciência tive a certeza de
não ter provocado tais sentimentos e desejos por mim,
não consciente como aconteceu com meu aluno Matias.

Tanto que, a maioria deles dizia saber eu não ter jeito
de homossexual, mas aconteceu à paixão observando
meu jeito de ser, jeito de caminhar, de falar, meu tom
de voz, minha beleza masculina dito por eles, não acho
eu ter exuberante beleza, sou apenas um homem.

Fui frente ao espelho conferir o que diziam sobre
eu ser lindo, sacudindo a cabeça descordando deles
tornei ler os que ainda faltavam e três desses relatos me
atemorizaram.

Um dizia saber que Matias José me amava, outro
que estava estampado em nossas testas que tínhamos
um caso e o terceiro fora pior. Como ele sabia nem
fazia idéia, mas sabia de nós dois e este foi o mais
revolto e seu relato falava exatamente assim:

...Sabe padre Leonardh, nunca me imaginei nos
braços de outro rapaz e adivinha com quem são meus
mais ardentes desejos da carne? Você padre, é sim e não estou zoando e nem
teria por que eu fazer isso contigo, não acha? É, mas
me parece eu ter chegado tarde por que acha eu ser
bobo? Não sou bobo e eu já percebi seu fascínio pelo
meu amigo de classe e de quarto, o Matias José. Poderá
morrer negando padre Leonardh e não vai me
convencer que estou vendo coisa onde não existe por
que não fui eu que falei dormindo. Ele mesmo se
entregou falando durante seu sono conturbado e todos
nós do quarto ouvimos sua confissão. Ele te ama e
percebemos você ter grande queda por ele, pensa que
nós não percebemos, padre? Tenho a muitos daqui nas
mãos e você é um dos muitos, mas não se preocupe
que eu não sou de tirar proveito dessas coisas, bom,
não se me faz bem, hehe... Gelou não é professor? Por
tanto, o melhor que tem a fazer é me encontrar no
jardim de inverno dos fundos às 23 horas de quarta-
feira, ainda terá um dia pra pensar, ou... Quem sabe eu
resolva abrir minha boca aos superiores. É, eu falei não
fazer uso do que sei se caso não houver interesse, mas
tem algo que me interessa nessa jogada, você! Estarei
te esperando e para seu bem, esteja lá padre Leonardh...

Eu te amo. Seu aluno Victor, não me odeie por isso!

Assustado lendo tudo aquilo, apavorado por saber
que 15 alunos sabiam sobre o Matias José e eu, não
sabia até onde poderiam ter ido as confissões de Matias
José durante o sono e para saber somente Victor
poderia contar-me. Agora compreendia por que eu era
um dos professores mais aguardados das turmas, por
acharem eu ser gay, nem eu sabia ser e continuo assim
até o momento, sem saber o que pretendo da vida!

Chegou quarta-feira e fui me encontrar nos jardins de
inverno nos fundos do seminário, ele estava lá, sentado
sorrindo me aguardando:

— Sabia que viria padre Leonardh?!

— Por ventura deixou-me escolha, Victor?

Disse que não num gesto de cabeça, sentei ao seu
lado e pedi que fosse contando sobre o que Matias José
havia comentado em seu sono:

— Falou pouco, disse que sua boca tem um sabor
especial ou seja, se beijaram, né padre?!

— Ele pode ter imaginado tudo isso e sonhado
Victor e ter falado, nada prova?!

— Não né? Sei... Então nada prova, ele ter te
pedido perdão por ter te beijado e ficar feliz falando da
tua ereção pelo beijo que os dois tiveram embaixo da
escadaria? Sei que não prova padre Leonardh?!

Gargalhou andando de um lado a outro de mãos no
bolso, chutou uns pedregulhos me olhou aguardando
uma resposta:

— Então, não tem nada a me dizer padre?

— O que deseja que diga depois de eu saber que
Matias José fala dormindo? Já sabe de tudo, mas eu...

— Não o ama isso? Diga que não professor, diga
que somente tem desejos por ele e não passo disso, que
sou eu a quem você ama!

Levantei-me nervoso pela situação...

— Não amo a ninguém Victor, não como homem
e muito menos como gay, eu não sou e depois, Matias
José é quem me ama, qual a culpa que eu tenho do que
ele sente por mim ou todos os outros... Esquece!

— Eu sei que você é desejado por muitos, suas
aulas são boas e divertidas, mas acha ser só por isso?
Fizemos a rebelião por que na verdade os superiores
nos obrigaram. Da maneira que nos explicaram sua ausência nos
pareceu somente Matias ter valor aqui dentro e isso nós
não admitimos partindo a rebelião.

— Fizeram o que exatamente, Victor?

— Colocamos perfume no lugar de produtos de
limpeza e produtos de limpeza no lugar de loção de
barbear, pior o padre Gustavo que teve alergia das
bravas e o padre Serafim por que colocamos cal no
lugar do talco para seus calçados, no refeitório guerra
de alimentos, greve de trabalho e muito mais coisas...

— Malucos, por isso os dois estão afastados de
suas atividades, isso não se faz Victor! Estou tendo de
substituir todas as aulas deles o que me custa sem
tempo para respirar. Protestassem de outra forma sadia
e madura, não acha terem errado?

— Claro que erramos, mas deu certo e não se
esquece que por dias estamos com você três aulas
diárias, bom para nós que o vemos mais vezes.
Mandamos para o padre Geraldo diretor, que nos
aguardassem se você não viesse nos dar aulas no dia
seguinte e todos sem exceção, assinamos a carta! Não
se preocupe, ele acha que é por que nós adoramos sua
matéria e não é somente por isso, é por gostarmos de
admirar sua beleza masculina e jeito de ser. Falando nisso, quero um beijo e sabe que não
pode se negar a isso padre Leonardh, eu o tenho nas
mãos?!

Revoltei-me dizendo que isso não era justo, nem
parecia que gostava de mim se usava de chantagem, me
disse saber ser a única chance de ter meu beijo ou
carinho vindo da minha parte. Pensei, repensei e como
não era somente ele quem estava sabendo sobre eu e
Matias José, não poderia me arriscar. O beijei
rapidamente depois de angustiado me espremendo na
tentativa de dar o beijo nele. Ele percebeu não ter jeito
para avançar sinal me agarrando num beijo molhado,
demorado mais de quinze minutos, excitante e bom, saí
correndo com meu membro parecendo quebrar se eu o
batesse. Gritou de longe...

— Sabia que gostaria do meu beijo padre?!

Deitei-me depois de orar bastante e em pânico
imaginando se ele falasse aos outros da chantagem e
todos cometessem a mesma atitude dele e acontecendo
isso exato três dias depois, mas não me comunicaram.

Indo a uma capela mais distante do seminário
ainda nas mesmas terras, os mais de 30 “Matias”,
me aguardavam como numa emboscada me cercando,
quem comandava a “gangue”, era Victor...

  — Oi padre Leonardh, todos desejamos uma coisa
de você, é simples, rápido, indolor e...

— Não farei nada rapazes, esqueçam?!

Fui caminhando, eles também me rodeando:

— Só queremos que você se masturbe sem tocar
em nenhum de nós e juramos nunca mais te perturbar
padre Leonardh, é nossa promessa!

— Como poderei saber se não estão blefando?

— Aqui está pronto e assinado por todos nós, por
isso poderá confiar padre e ainda nós guardaremos
segredo total de você e Matias José?!

— Estão malucos, nunca fiz isso nem quando
menino, como vocês acham eu ter coragem agora
frente a 30 marmanjos?

— Nada de mais padre, sabemos e já ouvimos
outros padres se masturbarem a noite.

— Como sabem disso?

— Corredores dão eco esqueceu padre? Gemem,
urram seu gozo e vai saber se é somente por que estão
se masturbando, afinal, todos são homens comuns. Tem
alguns padres que vimos. Um vê, corre chamar outro e
assim vai. Gostamos assistir e ouvir os urros abafados.
Outro sério e tímido disse que eu fizesse e logo estaria
tudo pronto, eles satisfeitos e tudo acabado.

Eles ergueram suas mãos em juramento solene
oralmente que me deixariam tranqüilo se eu me
masturbasse. Apenas iriam se divertir me olhando na
masturbação.

Pensei, eu repensei tremendo desesperado e eu
sem saber exato o que dizer ou fazer...

— Então padre Leonardh, tomou uma decisão?

— Sim, eu...

...............................................................................

Continua no meu romance a venda no meu e-mail

escritor_leonardh@hotmail.com

SOMENTE contatos para informar compra e pagamento... R$ 20,00

(COMPLETO)